Estilo de vida (PARTE 2): O que mudou com a redução de carnes na minha dieta.

Legumes no forno com um molho marroquino que minha mãe fez uma vez e ficou divino  + saladinha de rúcula <3
  
    Oi, gente! Para quem caiu de paraquedas aqui, aviso que começou aqui a série sobre estilo de vida em que eu explico passo a passo como eu deixei de comer carne vermelha e de aves há dois anos. 
   Eis que desde então muita coisa mudou, mais por dentro do que por fora. Como expliquei no outro post, diminuir o consumo da carne foi um exercício para o meu poder de decisão. Eu tive alguns momentos maio caídos de saúde e quando me vi já estava dizendo para mim mesma: por que mesmo eu como essas carnes? Ano que vem vou deixar de comer. E pronto,desde esse dia aleatório no ano de 2014, eu coloquei em mim esse desafio de todo dia escolher não comer mais essas carnes. Afinal, o consumo delas não me fazia mais sentido nutricional, logo não fazia sentido para minha cabeça. Meu gosto por carnes podia ficar de lado, para eu me aventurar nesse mundo de possibilidades.
  Aliás achei melhor redigir o post em forma de lista, para pontuar cde maneira mais objetiva algumas coisas que mudaram em mim, sem me perder tanto nas reflexões filosóficas/culturais/políticas/sociais/bananais as quais eu sou quase viciada. hehe Entao lá vamos nós:

1. Possibilidades de cardápio.
Ao tirar a carne do meu cotidiano, automaticamente vem aquela cobrança social do "e o ferro? E a b12?". Por isso, eu sabia que trando a carne eu seria obrigada a experimentar novos legmes, verduras e frutas para enriquecer a minha alimentação. E pasmem: eu passei a comer mil vezes MELHOR coma retirada dessas carnes. Sabe por que? O que antes era resolvido em arroz, feijão e bife hoje recorro ao: grão de bico, abobrinha, aspargos, kibe (de verdade, sem carne <3 ), bertalha, espinafre, brócolis, giló (frito, apenas! haha).... Além dos tradicionais batata, cenoura, chuchu e tomate...Enfim, não é que antes eu não comesse a maioria desse alimentos, mas eles não eram tão presentes na minha dieta cotidiana, sob a ilusão de que a carne é um alimento "completo". Primeira ampliação de mundo através da alimentação nova foi a variedade de coisas que passei a comer regularmente!

2. Novos sabores.
Com essa ampliação de possibilidades, eu conheci sabores maravilhosos simplesmente por que me permiti conhecê-los! Eu sempre gostei de experimentar comidas novas e com a redução das carnes eu me vi atraída a conhecer melhor os temperos, os molhos,  maneiras de cozinhar e  preparar os legumes. Isso tudo por que ninguém gosta de comer a mesma coisa todos os dias o mês inteiro, então aproveitei a alimentação nova para descobrir novos sabores e olha tem sido uma experiência incrível! 


Saladinha inesquecível de rúcula+alface+cruttons+champignon+ tomate seco +azeitona +molho de mel e mostarda de um restaurante de BH <3 
3. Aproximação com a  cozinha.
Eu não sou bem a chef da família- vivo errando até cozimento de legumes!, tampouco tenho esse interesse na vida. Mas, viver numa família que não está no mesmo processo de transformação que eu me colocou naturalmente o desafio de me tornar mais responsável pela minha própria alimentação. Então, todo o gás que eu fiquei para conhecer novos sabores, me fez querer estar mais perto da alquimia que é cozinhar, para descobrir de perto como isso funciona. E poder ter gostinho de comida diferente todos os dias na minha casa.  Além de expandir minhas habilidades extremamente que são restritas.

4.Minha relação com a alimentação.
Com essa mudança, também, eu senti a necessidade de estar mais próxima da minha alimentação, entender que ela não é apenas um hábito por saúde ou por gulodice. Mas, sim, um cuidado muito íntimo conosco, através da relação com os alimentos, com a própria natureza. Buscar me alimentar bem, desenvolve o meu autoamor. Fazer meu almoço, ou cozinhar algo para quem eu amo se tornou uma experiência de desenvolver minha capacidade de amar de uma forma que eu não me atentava antes, e agora posso amar melhor!

 5. Me faz conhecer lugares incríveis!
Agora eu sou a louca do restaurantes mais naturais, dos cardápios mais universalistas que agregam todas as pessoas com seus proposta de cardápio. Sair para comer se tornou uma busca por novos sabores, mas também por lugares aconchegantes que tenham em si mesmo uma relação menos capitalista com a alimentação, com a preparação desses alimentos e prezando mais pelo o bem estar que dá em se comer bem de verdade. Até por que a comida não brotou no mercado embaladinha e etiquetada, né? Nem apareceu pronta quentinha no nosso prato né?

Pizza vegana maravilhosa: Portuguesa+marguerita.

6. Me ensina a me alimentar e não simplesmente comer!
Há algum tempo eu tenho escutado discussões sobre alimentação, e sobre como nossa dieta alimentar tem se baseado cada vez mais em produtos de consumo do que em comida em si. Há tantos nutricionista tentando nos dizer há tempos o quanto os produtos industrializados fazem mal, porque simplesmente não são comida! São apenas produtos de consumo, frutos da industrialização massiva pela busca do acúmulo de capital. Comida mesmo é o que a natureza nos dá e podemos transformar nas alquimias caseiras mesmo. Aqui inclui até a própria carne, porém sem todo processo industrializado que descarateriza a crueldade embutida ali e elimina ainda mais qualquer possibilidade de nutrição. 

7. Apurei meus sentidos.
. Hoje, percebo que meus sentidos passaram também por uma transformação profunda nesse processo todo. Eu sinto melhor o gosto dos alimentos, bebo suco de frutas diversas sem açúcar nenhum, o que me fez me aproximar ainda mais do gosto delas e do seu poder nutricional também. O paladar rejeita menos o diferente e o azedo, o olfato se atrai mais pelo cheio vivo das folhas, os olhos valorizam mais a beleza natural dos alimentos e audição já não mais se contamina pelas ideias equivocadas das propagandas alimentícias na TV. Troquei a densidade dessas carnes, pela leveza dos alimentos mais in natura. E isso não foi uma escolha a priori, mas foi um ganho que fui percebendo ao longo desses meses todos.

8. Quero testar a versão caseira dos molhos/pastas com versões industrializadas.
Fiz a primeira experiência com o molho ceaser e fiquei apaixonada com a maravilha que é esse molho na sua versão original! Chega a ser desleal comprar a garrafinha no mercado, por que o gosto é bem diferente e muito melhor (pelo menos pro meu gosto né). Agora quero testar a maionese, o molho inglês, a mostarda e todos os que eu puder fazer em casa! haha Mesmo que eu me decepcione coma versão natural, vale a experiêcia! :P
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Bom, povo, essa foi minha listinha da vez e espero muito que tenham gostado. Como eu sou  uma pessoa reflexiva/racional de mais, cada tópico ganha um quê de "viagem filosófica". Mas, sou só eu tentando ser o mais concreta e objetiva possível com todas as transformações que são tão sutis e perceptíveis ao mesmo tempo. 
Espero que não se incomodem com a extensão dos tópicos e curtam essa série, que pode ser voltada especificamente para o tópico alimentação, caso haja o interesse de vocês em que eu aprofunde nisso.
Até a Ray do Hey Maria! tinha sugerido de eu trazer receitas, mas como agora vocês sabem da minha realidade difícil na cozinha (apesar de estar me desafiando mais) eu confesso que fiquei bem insegura de trazer algo que eu não domine. Mas, agora estou planejando trazer essas experiências com as receitas caseiras aqui pro blog também, pois é algo que, apesar das minhas inabilidades, me motiva de verdade! E são teste né, é mais tranquilo de dizer "ó, não deu certo, não!". hehe
 É isso!A caixinha de comentários está sempre aberta para as contribuições de vocês, estou sempre de olho e matutando no que posso trazer de melhor pro blog!

Beijos e até a próxima!

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